Time Feminino do Corinthians

A quarta-feira foi de comemoração para os corinthianos, no Pacaembu mais lindo do mundo. Todos os ingressos vendidos, casa lotada (37.438), festa do povo, que começou antes da bola rolar para Corinthians x Internacional, quando os radinhos de pilha avisavam que o arquirrival Palmeiras estava eliminado da Libertadores. A Fiel comemorou, mandou o frio embora do estádio e seguiu confiante a cantar o hino do Coringão. E como foi lindo… Realmente, existem torcidas e existe a única e incomparável FIEL torcida!

A partida teve início e o Timão de Mano Menezes foi a campo com Felipe; Alessandro, William, Chicão e Marcelo Oliveira; Cristian, Elias e Douglas, Jorge Henrique, Ronaldo e Dentinho, a melhor e mais entrosada formação possível. A única e boa novidade foi o garoto Marcelo Oliveira no lugar de André Santos, que está na seleção brasileira.

Enquanto a Fiel fazia o seu espetáculo nas arquibancadas ao cantar “vamos jogar com raça e com coração”, o Timão obedecia em campo. O primeiro desarme corinthiano no jogo ocorreu ainda no círculo central, logo em seguida, bola levantada na área, Chicão viu Lauro mal posicionado e, de cabeça, quase abriu o placar. A torcida foi ao delírio.

O Internacional reagiu e, com Marcelo Cordeiro, tentou passar por uma muralha chamada Felipe, mas isso se mostraria impossível até o final da partida. Não demorou muito para o Timão responder com Ronaldo e seus chapéus na intermediária. O Fênomeno ainda tentou concluir, mas Lauro defendeu. Aos 24 minutos, Jorge Henrique fez grande jogada, livrou-se da marcação e abriu na esquerda para Marcelo Oliveira, que invadiu a área, após bela jogada e cruzou rasteiro, o mesmo Jorge Henrique aproveitou e emendou para gol, o primeiro do Timão no jogo. No final da primeira etapa, Ronaldo ainda tentou ampliar com um chute de longa distância, mas que passou à direito do goleiro Lauro.

O Corinthians voltou do intervalo sem alterações e logo aos 8 minutos da etapa complementar Ronaldo não desperdiçou nova chance. Depois de uma falta no meio campo, cobrada com rapidez por Elias, o Fenômeno driblou o zagueiro Índio e chutou rasteiro para marcar o segundo gol alvinegro e décimo primeiro do atacante, que não balançava as redes há cinco jogos.

Diante da desvantagem, Tite optpou por realizar alterações na sua equipe, o gaúcho substituiu Alecsandro por Leandrão e Sandro por Giuliano. O Internacional melhorou, passou a ocupar o campo de ataque, mas parou no arqueiro Felipe, que fez defesas espetaculares nas investidas de Guiñazu, Andrezinho e Taison. O goleiro do Timão está acima de qualquer crítica e fez por merecer os aplausos da torcida.

Já Mano Menezes, com a vantagem em mãos, preferiu recuar o time. Trocou Dentinho e Marcelo Oliveira, por Boquita e Diego, respectivamente. Os garotos entraram bem, mas time recuado tende a sofrer mais pressão, como aconteceu, embora sem alterações no resultado. Pior foram as susbtituições do péssimo Tite. Aos 34 minutos, Leandrão, que só entrou para bater e já tinha cartão amarelo por entrada dura em Cristian, foi expulso após atingir deslealmente o garoto Boquita. Só então Mano Menezes mandou outro atacante a campo, não foi Otacílio Neto, pedido de alguns torcedores nas cadeiras numeradas, o comandante optou pelo pífio Souza, que mal tocou na bola, ainda levou um cartão amarelo e está fora do jogo final, por suspensão automática. Os outros “pendurados” do elenco passaram incólumes pela arbitragem de Heber Roberto Lopes. Pudera! Chicão fez partida abaixo da média, visivelmente se poupando para atuar na finalíssima, em Porto Alegre. Elias também não participou muito do jogo, só Cristian e Jorge Henrique jogaram como se não estivessem pendurados e foram taticamente perfeitos. Já a péssima arbitragem, diferente do que já choram alguns, foi condescendente sim, mas para não tirar ninguém da final, especialmente os autores das duras faltas coloradas ou então Magrão não teria terminado o jogo em campo.

Com a bela vitória no Pacaembu, o Timão leva para a final em Porto Alegre uma importante vantagem e só perde o título se sofrer três gols, já que o placar por 2 x 0 leva a decisão para os pênaltis. A lição de casa foi bem feita, o Corinthians já está com uma mão na taça, agora é preciso concentração total, muita fé e cuidado redobrado, posto que o time que adora chorar deve aprontar no Beira Rio, como em 1976, quando tentaram impedir a Fiel de entrar no estádio e deixaram sem água torcedores e jogadores nos vestiários, que teve até episódio com inseticida, dentre outras situações lamentáveis.

Contra tudo e contra todos, vai Corinthians!