domingo, 13 de dezembro de 2009

Não quero mais te ver desistir


06/12/2009, terminou o Campeonato Brasileiro.
Torneio nacional com maior participação de clubes grandes (em torcida, dinheiro, títulos, fama, participação de empresários, más administrações, falta de respeito para com sua gente, etc) do mundo, o modelo de disputa dos pontos corridos viu nesse ano o seu certame mais disputado desde 2003.

À última rodada chegaram 4 times com chances de conquistar o troféu: Flamengo (1°), Internacional (2°), palmeiras (3°), São Paulo (4°); além do Cruzeiro (5°) que ainda tinha esperanças de conquistar uma das 4 vagas na Libertadores 2010.

O Corinthians, que em 2009 já havia conquistado dois títulos e uma das vagas brasileiras na Libertadores da América 2010, não quis fazer parte deste grupo.

Por quê?

Sem ter a intenção de desmerecer os esforços e conquistas dos times que aí estão a comemorar ou a se lamentar, gotaríamos de fazer uma análise apenas de nós, entre nós, e para nós, os corinthianos de alma e mente sempre lutadoras e nunca desistentes.

Conforme disse acima, em 2009 o Corinthians conquistou o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil, esta última que lhe rendeu uma vaga na próxima Libertadores. Interessante, e infeliz ao mesmo tempo, é que tais conquistas foram os principais arrimos para um time que repentinamente não quis mais jogar bola se escorar.
Uma pena, pois nunca conheci um corinthiano que desistisse sem tentar, ou melhor, que nem pensasse em tentar por já ter desistido.

Por isso fica a dúvida: se é característica perene de todo corinthiano a ânsia, não por vitórias, mas por mais gana e raça dos que representam a Fiel em campo, será a atuação do Corinthians nesse campeonato um sinal de que o Corinthians está deixando de ser corinthiano?

No meio do ano foram efetuadas algumas alterações importantes, saíram nosso guerreiro Cristian, o bom armador Douglas, e o excelente lateral-esquerdo André Santos. Suas ausências desmontaram um esquema tático fortíssimo, criaram dificuldades consideráveis à montagem de uma nova equipe, forte e competitiva.

Mas daí a usar as saídas destes jogadores como outro motivo para a campanha que fomos obrigados a assistir existe um abismo muito longo e cheio de fatores. O “Corinthians do business”, se quiser se apresentar assim, deve ter um planejamento minimamente profissional, que seja capaz de prever fracassos e remediações à contratações que não obtiverem sucesso. Não que defendamos este modelo administrativo, pelo contrário o repudiamos em todas as suas partes. Mas que o seja pelo menos com decência profissional.

No entando, temos uma perspectiva promissora para o ano que vem: grandes contratações (em qualidade e em gasto), vários campeonatos importantes, um bom time poderá ser montado.

Também temos perspectivas infelizes por causa de algumas permanências temporariamente inevitáveis: empresários, preços exorbitantes cobrados por ingressos, materiais esportivos e mensalidades de sócio do clube, salários altos e incondizentes com a realidade econômica de nossa torcida, falta de transparência, ausência de democracia, exclusão do povo corinthiano.

Triste… mas temos o Corinthians, o nosso Corinthians!

Quando questionamos durante o texto sobre o nível de corinthianismo no Corinthians atual, não fizemos por brincadeira. Esta é uma preocupação sincera e que merece discussão.

Porém, temos um alento: o Corinthians que perde seu amor pelos corinthianos é o “Corinthians deles”, não o nosso. O problema é que o nosso Corinthians e o “Corinthians deles” vestem a mesma camisa, são ovacionados pelas mesmas pessoas.

O que fazer então?

Lutar, lutar, lutar, e gritar! Lutar por um Corinthians do povo para o povo, gritar por um Corinthians raçudo e resistente.
Gritar, gritar, gritar, e lutar! Gritar para um Corinthians que conquiste os corações com uma dividida antes de tentar qualquer resultado.

Do blog TIMÃO POPULAR

O último jogo do ano


O Corinthians se despediu de 2009 vencendo o Atlético Mineiro, no Mineirão, por 3 a 0. Inacreditável, mas tem coisas que só acontecem com o Galo e coisas que só mesmo o Corinthians é capaz de protagonizar.

Foi o último e também o mais engraçado jogo do ano, onde não faltaram esquisitices do tipo: Souza anotar dois gols (um de pênalti, claro); Júlio Cesar com seu braço de jacaré defender um pênalti do artilheiro Diego Tardelli, que só pode ser corinthiano; e Bill, ele mesmo, marcar o seu com direito a elogios dos comentaristas que, pasmem, chamaram-no até de habilidoso Bill!

2012? Que nada! O apocalipse já começou e o Mineirão foi o cenário escolhido para o prenúncio do final dos tempos.

Em tempo, há coisas não mudam jamais, que o diga Marcelo Mattos. Em seu retorno ao time, após três semanas de tratamento de uma lesão na coxa esquerda, o pé-de-chumbo já botou para quebrar… os adversários, lógico. O volante, dessa vez zagueiro, cometeu falta perigosa na entrada da área atleticana, recebeu cartão amarelo e ainda fez um pênalti em Diego Tardelli. Não há justificativa que o mantenha no time.

Por fim, o Brasileirão acabou enfim e o Timão, que nem dele participou, despede-se do campeonato na inexpressiva 10ª posição da tabela de classificação e justo no ano de sua volta…
Que venha e que seja mais feliz o Brasileirão 2010!

o mineirão é nosso :)
BLOG Corinthians: Preto no Branco